São Luís 413 anos: guia para explorar a capital e seus tesouros vizinhos
São Luís completa 413 anos de fundação nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025.
A data é feriado municipal e celebra a cidade que foi fundada em 1.612 com a chegada dos franceses.
Única capital brasileira fundada por franceses e colonizada pelos portugueses, a capital do Maranhão é conhecida por suas belezas culturais e com acervo histórico colonial tombado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. A riqueza cultural presente na capital maranhense se estende a outros municípios que fazem parte da Região Metropolitana como São José de Ribamar, Alcântara, Paço do Lumiar e Raposa, que guardam em suas ruas, casarões históricos e nas paisagens, traços desse pluralismo que encanta nativos e turistas.
Em celebração a esta data especial, o g1 preparou um roteiro turístico com opções de lazer para explorar São Luís e nos municípios próximos à cidade. São Luís: onde o passado pulsa no presente Vista aérea do Centro Histórico de São Luís Meireles Junior São Luís é uma cidade multicultural que mistura influências lusitanas, africanas e indígenas, visíveis nos azulejos, na música e na culinária.
É também conhecida como a capital brasileira reggae, ritmo que conta com um jeito próprio de dançar: bem coladinho, embalado por paredões e mixagens locais. No Centro Histórico de São Luís, ruas como a do Giz e becos como o Catarina Mina guardam histórias de resistência.
A Praça Nauro Machado é ponto de encontro de artistas e turistas, rodeada por casarões e restaurantes que servem pratos típicos como arroz de cuxá e torta de camarão.
O Mercado das Tulhas ou Feira da Praia Grande, é parada obrigatória para provar tiquira, doce de espécie e comprar artesanato. Quem busca sol e descanso, encontra nas praias do Calhau, São Marcos e Olho d’Água uma boa estrutura, água morna e uma vista imperdível para a Baía de São Marcos.
A cidade também é ponto de partida para explorar os outros municípios próximos, que contam com belezas únicas e diversidade cultural, com fácil acesso por terra e mar. 📍 O que fazer em São Luís: Passear pelo Centro Histórico Visitar o Mercado das Tulhas e provar sabores típicos Curtir o reggae coladinho nos bares da Praia Grande Relaxar nas praias do Calhau, São Marcos e Olho d’Água 🚗 Como chegar: São Luís é o ponto de partida ideal para explorar os municípios vizinhos.
Dá para chegar de avião (Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado), de ônibus (rodoviária com rotas) ou até por mar, em cruzeiros e embarcações regionais.
A partir da cidade, é fácil fazer bate-voltas ou roteiros de fim de semana. Alcântara: Museu a céu aberto e território quilombola Visão da praça e da igreja de São Matias, em Alcântara (MA) Divulgação/Bruno Mendonça Alcântara guarda mais de 400 construções coloniais dos séculos XVII e XVIII.
Ruínas de palácios, igrejas e casarões revelam a opulência de um Brasil imperial. É também o município com maior proporção de população quilombola do país, com mais de 200 comunidades que preservam tradições e modos de vida ligados à terra e ao mar.
A cidade ainda abriga o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), base de foguetes que gerou conflitos territoriais e disputas judiciais. 📍 O que fazer em Alcântara: Visitar a Praça da Matriz, a Igreja de São Matias e museus Caminhar pela Rua da Amargura e ver palácios coloniais Provar o doce de espécie e conhecer comunidades quilombolas Refletir sobre a base espacial e os direitos das populações locais 🚤 Como chegar: Barco tradicional: sai do Cais da Praia Grande, em São Luís (1h30). Ferry + van: ferry da Ponta da Madeira até o Porto do Cujupe, seguido de van até Alcântara (2h30 a 3h). Raposa: Dunas, manguezais e lagoas cristalinas Banhada pelo mar, Raposa oferece belos passeios por dunas e mangues Reprodução/TV Globo A apenas 30 km de São Luís, Raposa é um refúgio natural conhecido como “Fronhas Maranhenses”, uma versão poética dos Lençóis.
Dunas brancas, lagoas escuras e manguezais formam o cenário. O passeio de barco é o ponto alto, com paradas em igarapés, bancos de areia e criadouros de ostras.
A lagoa “Coca-Cola”, de águas escuras e permanentes, é acessada por trilha leve pelas dunas.
Outro destaque é o Banco de Sarnambi, banco de areia em meio ao oceano, perfeito para banhos rasos. Raposa também preserva a tradição do artesanato no Corredor das Rendeiras, onde mulheres produzem peças manuais com técnicas antigas. 📍 O que fazer em Raposa: Passeio de barco pelas Fronhas e lagoa Coca-Cola Banho no Banco de Sarnambi Visita ao Corredor das Rendeiras e criadouros de ostras Subida às dunas para ver o encontro do mangue com o mar 🚗 Como chegar: De carro: 30 minutos pela MA-203. De ônibus: linhas Raposa/Ribamar e Raposa/Cohab. De aplicativo: 30 minutos, com custo entre R$ 85 e R$ 110. São José de Ribamar: Fé, tradição e praias tranquilas Fachada da Igreja Matriz de São José de Ribamar, no Maranhão Reprodução/Trip Advisor São José de Ribamar é o coração da fé maranhense.
O santuário do padroeiro do estado reúne igreja matriz, a Gruta de Lourdes é um monumento de 33 metros com vista para a Baía de São José.
Todos os anos, milhares de romeiros visitam o local em busca de bênçãos. Além da religiosidade, Ribamar oferece praias como Panaquatira, Araçagi e Juçatuba.
Panaquatira forma piscinas naturais na maré baixa.
Araçagi tem dunas e barracas de comida típica.
Juçatuba é cercada por mangue e trilhas ecológicas. O cais revitalizado virou espaço de caminhadas, ciclismo e encontros ao pôr do sol. 📍 O que fazer em São José de Ribamar: Visitar o Santuário e a Gruta de Lourdes Subir ao monumento de 33 metros Curtir as praias de Panaquatira, Araçagi e Juçatuba Caminhar pelo cais com ciclovia e mirantes 🚗 Como chegar: De carro: 45 minutos pela MA-204. De ônibus: linhas 958 (Ribamar/Rodoviária) e 966 (Ribamar/Deodoro). De aplicativo: cerca de 33 minutos, com custo médio entre R$ 100 e R$ 130. Paço do Lumiar - Entre o mangue e o silêncio das águas Vista para o rio Paciência e o mangue no Porto da Salina, em Paço do Lumiar Rafael Cardoso/G1 Maranhão Paço do Lumiar oferece uma experiência ribeirinha autêntica na Grande Ilha, com destaque para o Porto da Salina, um ponto de encontro entre o rio Paciência e os manguezais que cercam a região.
O local, antes frequentado apenas por pescadores e caçadores de caranguejo, ganhou atenção como refúgio natural, ideal para caminhadas silenciosas e observação da fauna, como garças e guarás.
Durante o período chuvoso, o mangue se transforma em palco para a “andada” dos caranguejos, fenômeno típico do ciclo reprodutivo da espécie. O Porto da Salina é um passeio gratuito e perfeito para quem busca contato direto com a natureza.
O acesso é feito pela MA-201, próximo ao Porto do Mocajituba, e recomenda-se ir com calçado fechado e levar água.
📍 O que fazer em Paço do Lumiar: Caminhar às margens do rio Paciência Observar a fauna local, como garças e caranguejos Contemplar o mangue e o pôr do sol em silêncio 🚗 Como chegar: Acesso pela MA-201, com entrada próxima ao Porto do Mocajituba. Com tantas opções, São Luís e sua Região Metropolitana permitem roteiros de um dia, fins de semana ou semanas inteiras.
Seja na história preservada, na religiosidade ou nas paisagens naturais, há sempre um novo caminho a descobrir. Para quem quer ver São Luís sob uma nova perspectiva, o g1 Maranhão embarcou em um passeio de barco pela orla da cidade e revelou ângulos pouco explorados da capital maranhense.
A travessia mostra o contraste entre o Centro Histórico e a natureza que cerca a ilha, passando por pontos como o Espigão Costeiro, o Forte de Santo Antônio e a Ponte Bandeira Tribuzzi.
É uma forma de sentir a cidade com o vento no rosto e o horizonte aberto.
Dê o play, no vídeo abaixo, e assista ao passeio completo e navegue pela beira-mar de São Luís. O g1 Maranhão te convida a conhecer São Luís de outro ângulo a bordo de um barco